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Uma coleção única de manuscritos, livros ilustrados, desenhos e esboços de escritores. Mergulhe na intimidade de grandes autores e descubra nossa coleção de fac-símiles de manuscritos: romances, partituras, poemas, contos, ensaios, cartas e documentos científicos.
Quais são os segredos do processo de escrita de autores famosos? Que pequenas peculiaridades descobrimos nas centenas de páginas redigidas por Victor Hugo para Notre-Dame de Paris? É verdade que o próprio Oscar Wilde censurou passagens de O retrato de Dorian Gray em seu manuscrito? A madalena de Proust sempre foi uma madalena, nos Moleskines em que o romancista compôs Em busca do tempo perdido? Por que alguns dos poemas de Rimbaud foram escritos pela mão de Verlaine? O herói do Grande Gatsby, Jay Gatsby, não é mais sombrio e misterioso no primeiro esboço de F. Scott Fitzgerald? Que observações Percy Shelley rabiscou para Mary Shelley nas margens de seu manuscrito, Frankenstein? Mrs. Dalloway sempre carregou esse título nos cadernos de anotações de Virginia Woolf? Que método de escrita Clarice Lispector adotou para compor sua obra-prima A hora da estrela?
Esboços, manuscritos e cadernos de anotações estão cheios de pepitas e surpresas inesperadas. Às vezes encontramos capítulos não publicados, personagens desconhecidas ou desenhos rabiscados nas margens. Também descobrimos, com frequência, as rasuras: rasuras simples que não interferem na leitura, rasuras zelosas e conforme à regra, rasuras nervosas ou mesmo excessivas, indo e voltando, e rasuras raivosas que escurecem e rasgam a folha. Ter nas mãos o manuscrito de um escritor permite um acesso íntimo e privilegiado a toda uma seção do patrimônio literário, enquanto se descobre, em documentos científicos como os de Albert Einstein, a extrema preocupação com a perfeição de um físico aprimorando a formulação exata de um teoria revolucionária.
Ao fundar SP Edições, queríamos oferecer a todos a oportunidade de acessar os bastidores da criação dos grandes autores da literatura e do mundo das ideias, percorrendo a genealogia literária e íntima de suas obras. Pois, além do fascínio emocional que exercem, escreve o Prof. Hanoch Gutfreund, diretor dos arquivos de Albert Einstein da Universidade de Jerusalém, os manuscritos originais “nos dão essa sensação de intimidade com seus autores e, como um raio iluminando o processo criativo, ressuscitam virtualmente o passado”.
A criação em 2012 da SP Edições nasceu da nossa paixão por histórias excepcionais e por livros ilustrados, bem como por uma categoria especial de documentos: os manuscritos originais de grandes obras.
Foi após a visita de uma exposição dedicada aos esboços de escritores na Biblioteca Nacional da França que nasceu o desejo de valorizar esse patrimônio fascinante e ainda relativamente desconhecido. Trabalhávamos, na época, envolvidos em outros projetos, em um escritório localizado no sótão do Instituto de Estudos Políticos de Paris, na rua de Saints Pères. A ideia de uma editora nos fazia sonhar... Nascia o nosso projeto: criar uma coleção única de grandes manuscritos.
À medida que o digital avança, temos o compromisso de oferecer aos leitores uma experiência literária única e íntima, que também é uma experiência estética: a ideia era restituir à escrita à mão, por meio de belas edições, toda a sua magia – obras que podem ser contempladas e conservadas.
Em seguida, partimos em busca dos manuscritos das maiores obras da literatura, uma busca que às vezes se transformava em uma caça ao tesouro em bibliotecas, coleções e leilões em todo o mundo. Embora alguns originais sejam cuidadosamente listados e conservados nas coleções de instituições importantes como a Biblioteca Nacional da França, outros permanecem nas mãos de colecionadores particulares, longe do olhar público. Outros, ainda, repousam anos no segredo de um sótão ou de uma gaveta... O manuscrito de Viagem ao fim da noite de Louis-Ferdinand Céline, um dos primeiros que editamos, havia desaparecido por quase 60 anos antes de reaparecer em leilões nos anos 2000, imediatamente despertando a ganância e as ofertas de colecionadores e bibliófilos. A questão é, portanto, também de natureza patrimonial, uma vez que se trata da digitalização de documentos que, de outra forma, permaneceriam de difícil acesso ao grande público.
A editora foi fundada em Saint-Germain-des-Prés por Jessica Nelson e Nicolas Tretiakow. Léa Triomphe supervisiona os escritórios em Paris e Ludivine Le Barbier, em Cambremer. Johnny Cabouret, Salomé Rossignol, assim como as agências Flint (Londres), Sandi Mendelson (Nova York) e Classic Communication (Potsdam) também trabalham para a casa. Jessica e Nicolas gostariam de agradecer especialmente a Paulo Gurgel Valente e Carles Masdeu da Agencia Literaria Carmen Balcells (Barcelona).
Constituímos uma coleção única composta pela reprodução dos manuscritos de alguns dos maiores textos da literatura mundial.
A coleção francesa agora tem cerca de 20 títulos, dos contos de Perrault a A espuma dos dia de Boris Vian, incluindo Cândido, Notre-Dame de Paris, Madame Bovary, Vinte mil léguas submarinas, As flores do mal...
Em 2017, também inauguramos uma coleção de manuscritos ingleses e americanos com o incontornável romance de Charlotte Brontë, Jane Eyre. Em seguida, vieram Alice no país das maravilhas, O grande Gatsby, O retrato de Dorian Gray, A Trilogia de Nova York e, mais recentemente, Mrs. Dalloway.
Cada livro possui um marcador de páginas integrado e é apresentado em uma luxuosa caixa montada à mão e adornada com uma estampagem a quente inspirada no universo da obra.
Oferecemos também uma coleção de manuscritos emoldurados com vidro duplo, a exemplo da “cena do nariz” de Cyrano de Bergerac – trata-se do único manuscrito da obra existente até hoje. Em 2020 expandimos o nosso acervo de quadros e desenhos, com dois desenhos de Jean Cocteau.
Bolor, fungo, manchas... Com o tempo, os manuscritos sofrem todo tipo de desgaste e, às vezes, chegam até nós em muito mau estado. Alguns originais são tão vulneráveisque podem se despedaçar ao menor erro de manipualação. Outros são frágeis demais para resistir à exposição à luz do dia e ao ar ambiente. É o caso, por exemplo, do manuscrito da Teoria da relatividade geral de Albert Einstein. Ele só foi apresentado na íntegra uma vez, em 2003, numa mostra que atraiu uma multidão de visitantes apaixonados.
Por isso, é com grande satisfação que contribuímos, tanto quanto possível, para a preservação e a restauração de uma parte do patrimônio literário, por meio da digitalização de documentos de difícil acesso ao grande público. Colaboramos especialmente na digitalização de Viagem ao fim da noite, de Louis-Ferdinand Céline, e no financiamento de um importante tratamento de conservação do manuscrito de O retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde – um manuscrito que revela em especial o processo de autocensura realizado pelo autor antes mesmo que ele fosse corrigido e, novamente, censurado por seu editor. Os manuscritos e rascunhos de Simone de Beauvoir para O segundo sexo, por exemplo, nunca haviam sido publicados. Editados em nossa coleção em colaboração com sua neta adotiva, eles revelam todas as etapas do desenvolvimento de um dos maiores monumentos do pensamento do século XX. Mais recentemente, em 2018, estivemos por trás da digitalização do grande romance de amor e ficção científica escrito em apenas seis meses por René Barjavel, A noite dos tempos.
Cada aventura editorial nos coloca em contato com as famílias dos escritores ou seus herdeiros, com os indivíduos que possuem os manuscritos originais ou as instituições que os conservam de maneira cuidadosa. Com o passar dos anos e com essas fascinantes colaborações, estabelecemos vínculos privilegiados e duradouros com alguns deles, entre os quais se destacam a família e o comitê de Jean Cocteau, os herdeiros de Boris Vian, os netos de Marcel Pagnol ou, ainda, o neto de Oscar Wilde. Sem sua ajuda, confiança e conhecimento, nossos projetos não poderiam ter visto a luz do dia.
Também colaboramos há muito tempo com importantes instituições públicas, como a Biblioteca Nacional da França, a British Library ou a Biblioteca Pública de Nova York. Mas também trabalhamos em parceria com colecionadores privados, universidades e instituições de renome internacional – como a Fundação Martin Bodmer ou a Morgan Library. É graças a esses fundos, instituições, bibliotecas, universidades e também a todos esses colecionadores particulares que se tornou possível a produção de um grande número de nossos livros. Essas colaborações às vezes vão além da simples questão intelectual e patrimonial. Foi o caso do manuscrito de Peter Pan, cujos livros são revertidos, em parte, ao Great Ormond Street para Crianças Doentes, em Londres.
O segundo sexo de Simone de Beauvoir lido pela romancista Leïla Slimani (Prêmio Goncourt de 2016), Mrs. Dalloway de Virginia Woolf, pelo escritor Michael Cunningham (As horas), O grande Gatsby de F. Scott Fitzgerald, pelo diretor Baz Luhrmann, ou, ainda, Alice no país das maravilhas, pela romancista Amélie Nothomb… Estamos ansiosos para lançar uma nova luz sobre os grandes clássicos da literatura mundial – e sobretudo sobre seus manuscritos – graças à visão de grandes figuras do pensamento literário contemporâneo. É por isso que, com frequência, fazemos apelo a suas plumas para apresentar nossos títulos.
Também recorremos, conforme for o caso, a especialistas e conhecedores cujos saberes e trabalhos contribuem para a disseminação da vida e da obra dos autores. É, assim, o professor Hanoch Gutfreund, diretor dos arquivos de Albert Einstein, quem apresenta o manuscrito da Teoria da relatividade geral; André Guyaux, professor da Sorbonne e editor da obra completa de Arthur Rimbaud na “Pléiade”, quem assina um ensaio sobre as Iluminações; a filósofa Sylvie Le Bon de Beauvoir, quem relata o processo de escrita de O segundo sexo por sua avó adotiva, Simone de Beauvoir; ou, ainda, Merlin Holland, neto de Oscar Wilde e especialista do escritor, quem conta em uma introdução a fascinante história do manuscrito de O retrato de Dorian Gray.
O desenvolvimento de técnicas sofisticadas de restauração gráfica nos permite restaurar até os manuscritos mais frágeis. Por meio de processos de impressão e fabricação de alta qualidade, reproduzimos os manuscritos de forma a dar ao leitor a impressão de que ele tem nas mãos a edição original. Nosso objetivo é ressuscitar tais documentos, além de oferecer ao leitor a sensação de que ele pode ver o escritor trabalhar como se se inclinasse por cima de seu ombro.
As reproduções que disponibilizamos em nossos livros não são simples fac-símiles: cada um dos manuscritos apresentados passou por um importante trabalho de restauro gráfico visando apagar os vestígios de envelhecimento (fungos, bolor, cores manchadas), a fim de devolver à escritura sua aparência original, sempre respeitando suas especificidades técnicas: o amarelecimento do papel, a cor original da tinta, a tonalidade dos desenhos, etc...
Trata-se um trabalho extremamente meticuloso, semelhante ao de um artista restaurando uma obra-prima, e sem o qual os fac-símiles seriam meras fotocópias. É por essa razão que uma equipe de designers gráficos especializados trabalha diariamente, desde a criação da editora, para aperfeiçoar suas técnicas de restauro de imagens, desenvolvendo um saber prático único, adequado aos desafios técnicos e estéticos de cada documento.
Como temos o compromisso de fazer belos livros, tomamos extremo cuidado na seleção dos materiais e na confecção de cada uma de nossas edições. Nosso papel é feito sob medida na Itália, por um fabricante que utiliza exclusivamente materiais de florestas sustentáveis, e embalado em nossas oficinas na Normandia, onde nossas edições limitadas também são numeradas à mão. Cada caixa apresenta uma moldura decorativa única, projetada por nossos designers gráficos e gravada em ouro, e cada livro possui um marcador de páginas de seda. Além disso, imprimimos exclusivamente com tintas vegetais. E, porque temos o compromisso de perpetuar as tradições, trabalhamos com artesãos franceses que fabricam e montam cada caixa manualmente.
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