La Nuit des temps de René Barjavel
Tiragem azul imperial,
1.000 exemplares numerados,
O manuscrito de
A noite dos temposHá apenas 50 anos, René Barjavel escrevia o manuscrito de A noite dos tempos. Composto por 929 laudas, o manuscrito é coberto pela caligrafia viva e fina de um Barjavel em plena efervescência.
Escrito em apenas seis meses, o romance cabia, inicialmente, nas cerca de 40 páginas de um roteiro escrito por René Barjavel para um filme de André Cayatte. Mas o filme permaneceu sendo um projeto.
Considerado um dos fundadores da ficção científica moderna, Barjavel aposta na antecipação e imagina uma nova sociedade. Traduzido para oito idiomas, o romance vendeu mais de dois milhões de cópias.
Inspirado por um falso despacho publicado na imprensa
Numa entrevista publicada em Trente ans de découverte – Prix des libraires, René Barjavel conta que um (falso) despacho publicado num jornal no verão de 1965, uma "pérola do verão", deu origem, em parte, a A noite dos tempos: "Os jornais anunciaram em três linhas que um satélite americano passando pelo Pólo Sul havia recebido e gravado sinais de rádio”.
Entusiasmado com essa notícia, o escritor continua: “Extraordinária coincidência, eu havia acabado de contactar o meu amigo André Cayatte, que queria fazer um filme de ficção científica e me pediu para trabalhar com ele num roteiro baseado em uma ideia que teve". Faltava construir uma história...
A princípio relutante, Barjavel deixou-se convencer pela trama que lhe foi exposta por Cayatte: “Descobre-se sob o gelo do Pólo Sul um homem posto em hibernação por uma civilização desaparecida, da qual ele é o único sobrevivente. Ao reviver, ele conta sua história, que tem consequências no presente. Seria necessário ver o que poderíamos tirar daí."
Criar um grande filme de ficção científica
Em poucos dias, os dois homens redigem uma sinopse de algumas páginas que lhes permite obter a opção de um produtor. Porém, apesar de trabalharem várias horas por dia, o enredo não avança, e em determinado momento Barjavel se dá conta de que sua história "mancava", "porque só tinha uma perna!"... De fato, "não era um homem que deveria ser encontrado sob o gelo: era um casal".
Com essa nova Eva, "todas as tragédias do mundo se tornam possíveis". Um mês depois, Cayatte e Barjavel enviam um roteiro de 42 páginas ao produtor, que os contacta, muito entusiasta, no dia seguinte. Durante uma semana, os autores imaginam constituir "uma espécie de conselho formado pelos maiores artistas e técnicos do cinema e pedir-lhes que criassem um universo".
Mas no oitavo dia, enquanto a criatividade e a inventividade dos dois amigos ainda pululavam, o produtor parisiense volta a contactá-los para avisar que é obrigado a abandonar o projeto. O filme não poderá ser feito "porque é muito caro". Desistindo do sonho de criar um mundo novo, René Barjavel guarda o roteiro na gaveta, convencido de que nunca mais voltaria a ele.
"Fazer com que esse cinema passe pela cabeça dos leitores,
é o trabalho excitante e exaustivo do romancista."
Apesar da relutância do escritor em extrair um romance do filme abortado – "Há tanta diferença entre um romance e um roteiro quanto entre a Concórdia e sua maquete" –, Barjavel não resiste, no final das contas, a retornar a esse "mundo extinto há 900 mil anos" que lhe inspira tanta nostalgia. Um ano depois, ele anuncia a Cayatte que está começando a escrever...
Em apenas seis meses, o romance está pronto. Seu editor usual, Denoël, recusa-o; Barjavel então o confia ao diretor da Presses de la Cité, Sven Nielsen, que o aceita sem hesitar e até acelera a produção do livro a fim de enviar os exemplares em primeira mão aos membros do júri do Prix des Libraires, que aconteceria nas semanas seguintes.
Agraciado pelo Prix des Libraires de 1969, A noite dos tempos foi um sucesso publicado em cerca de dez países, incluindo os Estados Unidos. Descrito como “grande visionário” e “nostálgico da felicidade” pela revista Le Magazine littéraire, ou ainda “pioneiro da utopia” pela Paris Match, René Barjavel assumiu o seu lugar, segundo o Le Figaro, “na grande tradição de Júlio Verne”.
Editado em grande formato
Foram impressos 1.000 exemplares desta edição azul real.
Cada caixa é fabricada à mão.
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